domingo, 30 de maio de 2010

Gibeca

Projeto Meio Ambiente

Introdução:
Sabemos que por meio de projetos didáticos bem desenvolvidos e que apresentem objetivos claros de aprendizagem, o processo de construção do conhecimento se torna mais prazeroso. Portanto este trabalho visa desenvolver momentos de construção de conhecimento que sejam significativos aos alunos e que além de estimular o gosto pela pesquisa, leve o aluno a ter novas atitudes no seu cotidiano.

Tema: Reciclando para um futuro melhor

Justificativa:
Partindo da observação e constatação do aumento contínuo na produção de lixo e dos processos de degradação e de deteriorização, que o aumento do consumo de nossa sociedade nos expõe, trabalharemos na conscientização de nossa comunidade escolar para que juntos possamos modificar nossos hábitos e comportamentos através de uma ação educativa, visando um futuro mais sustentável.

Problematização:
O que é o lixo?
São materiais sólidos considerados inúteis, supérfluos ou perigosos, gerados pela atividade humana e que devem ser descartados ou eliminados.

Quais são os tipos de lixo?
O lixo pode ser orgânico (restos de comida, plantas mortas) e inorgânico (plástico, vidro, metal, papel). Podemos classificar o lixo ainda em:
- domiciliar: são latinhas de refrigerante, as caixinhas de leite, os restos de comida, enfim, tudo o que é consumido em casa.
- comercial: papéis de escritório, canetas. Tudo que é utilizado nas empresas.
- hospitalar: restos de material orgânico e de cirurgias, produzido em hospitais e clínicas veterinárias.
- industrial: lixo que vem de indústrias, como embalagens, produtos químicos, etc.
- público: lixo recolhido nas ruas.
- especial: são os entulhos e os materiais altamente tóxicos.

Para onde vai o lixo que produzimos?
Geralmente o lixo produzido vai para o aterro sanitário, o famoso lixão, que nada mais é do que um buracão forrado com lonas de plástico. Depois de jogar o lixo, a área é coberta por uma camada de terra para evitar a infestação de pragas. Os gases e o chorume são coletados para não contaminar os lençóis freáticos.
Existe ainda a compostagem que transforma o lixo orgânico em adubo e a incineração que é mais utilizada para dar fim aos resíduos perigosos, como o lixo hospitalar, alimentos estragados e remédios vencidos.

O que é reciclagem?
A reciclagem é uma das alternativas para o tratamento do lixo urbano e contribui diretamente para a conservação do meio ambiente. Ela trata o lixo como matéria-prima que é reaproveitada para fazer novos produtos.

O que é coleta seletiva?
É o termo utilizado para o recolhimento dos materiais que são passíveis de serem reciclados, previamente separados na fonte geradora. Dentre estes materiais recicláveis podemos citar os diversos tipos de papéis, plásticos, metais e vidros.

Que tipo de material podemos reciclar?
Papel
Pode: jornais, revistas, caixinhas longa vida, cartões, envelopes, embalagem de ovo, papelão.
Não pode: fotografias, guardanapo, papel higiênico, etiqueta adesiva, papel carbono, fita crepe.

Plástico
Pode: garrafas de refrigerante, copinhos e saquinhos plásticos, frascos de xampu e detergente, embalagens de margarina e material de limpeza, canos e tubos.
Não pode: cabo de panela, tomada.

Metal
Pode: latinhas de aço, latinhas de alumínio, panelas, pregos, fios, arames.
Não pode: pilhas, clips, grampos, esponjas de aço.
Vidro
Pode: garrafas de todos os tipos, copos, potes, frascos, cacos.
Não pode: espelhos, lâmina, porcelana, cerâmica.

O que significa os 4 R’s?
Os 4 R’s significam reduzir, reutilizar, reciclar e recuperar. Cada pessoa produz em média 180 quilos de lixo em um ano, portanto atitudes como estas apontadas pelos 4 R’s, podem ajudar a reduzir este número.

Objetivo Geral:
• Conscientizar os alunos e comunidade em geral sobre a necessidade da reciclagem e tratamento adequado do lixo.

Objetivos específicos:
• Conscientizar sobre a necessidade do reaproveitamento do lixo por meio da reciclagem;
• Revelar os benefícios que a reciclagem traz a sociedade, reduzindo o volume de lixo enviado aos aterros sanitários, ajudando a manter a cidade limpa, promovendo também, a economia de matéria-prima;
• Sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância da coleta seletiva de lixo e efetivá-la;
• Promover oficinas de reciclagem, utilizando sucatas arrecadadas pelos próprios alunos.

Metodologia/Recursos:
O projeto será aplicado a todas as salas do 1º ao 5º ano, durante o período de 8 semanas.

1ª Etapa:
Realizaremos um passeio pelas ruas do nosso bairro para que possamos observar como o lixo é armazenado pelos moradores, se há lixo jogado pelas ruas e se existem pontos de coleta seletiva do lixo. Na volta para a classe relataremos o que vimos e discutiremos pontos a serem melhorados.

2ª Etapa:
Promoveremos um debate para relacionar-mos o aumento da população com o acúmulo de lixo.
Discutiremos os problemas criados com os aterros sanitários, a compostagem e a incineração do lixo.

3ª Etapa
Pesquisaremos em sala de aula os tipos de lixo (doméstico, comercial, hospitalar, industrial, público e especial) e o tempo que cada material leva para se decompor (papel, plástico, lata e vidro).

4ª Etapa:
Aprenderemos outras maneiras de acondicionar o lixo, incentivando a separação dos materiais (coleta seletiva do lixo).
Apresentaremos medidas para colocarmos em prática os 4 R”s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Recuperar).

5ª Etapa:
Desenvolveremos uma gincana entre as salas para arrecadação de materiais. A cada material arrecadado a sala ganhará 1 ponto, que no final serão somados. A turma que mais arrecadar, ganhará um passeio como gratificação pela maior arrecadação. O resultado dos ganhadores será divulgado no encerramento do projeto.
Cada ano (série) arrecadará um tipo de material que poderá ser reciclado, conforme tabela.
Ano ( série) MATERIAL
1º ano Papel (jornais, revistas, caixas longa vida, cartões, papelão).
2º ano Plástico (garrafa pet, copinho, frasco de shampoo, embalagem de margarina e de material de limpeza).
3º ano Alumínios (latas de óleo, sardinha, latas de refrigerante, panelas, etc.).
4º e 5 ° ano Vidro (garrafas, potes, copos e frascos).

6ª Etapa:
Realizaremos uma oficina de reciclagem, cujos alunos confeccionarão brinquedos, jogos e artesanatos, como: confecção de fantoches com papel-machê, petecas com jornal, cartões com papel reciclado, móbiles com sinos de garrafa pet, fantoches de caixas, vasos de garrafa pet, máscaras de jornal, jogos de damas com papelão e tampinhas de garrafas pet coloridas, boliche inteligente com garrafas pet e bola de jornal, bilboquê, decoração de potes de vidro e cartazes informativos sobre a importância da reciclagem. Além da confecção de convites e de cartazes para a divulgação da exposição que serão colocados em diversos pontos do bairro.

7ª Etapa:
Receberemos em nossa escola palestrantes do Instituto Gea que irão nos falar sobre o Projeto Jogo Limpo criado em conjunto pela Secretária do Meio Ambiente e pela CETESB. Esta palestra será aberta aos pais e responsáveis pelos alunos.

8ª Etapa:
Realizaremos a Expo Reciclagem. Nesta exposição estaremos divulgando os trabalhos elaborados pelos alunos. Serão montados estandes para mostrarmos os diversos trabalhos confeccionados pelos alunos. Serão colados cartazes informativos sobre a importância da reciclagem.
O trabalho será encerrado com a divulgação dos ganhadores da gincana realizada durante o projeto.
Os recursos necessários são: cola branca, jornal, barbante, caixinhas de leite, papel Kraft, tinta acrilex para vidro, papel colorido, tecido colorido, fitas, potes de maionese ou azeitonas, garrafa pet, papel laminado, papelão, tampinha de garrafas de refrigerante, papel camurça, tesoura, elástico, tinta plástica, pincel, caneta hidrocor, cartolina, papel cartão.

Avaliação:
A avaliação será continua. Será observada a participação do aluno durante as etapas de desenvolvimento do projeto.

Conclusão:
Concluímos que a elaboração do projeto, bem como o levantamento dos conteúdos se deu de maneira agradável e sem maiores dificuldades. Foi um trabalho prazeroso de ser feito e que nos possibilitou um acréscimo de conhecimento sobre o tema e uma reflexão sobre nossas atitudes no dia-a-dia.

Bibliografia:
PINTO, Gerusa Rodrigues. Dia a Dia do Professor. Vol. 5. Fapi.
Material de pesquisa disponível em: http://www.canalkids.com.br/portal/barra/clubv.php?u=../meioambiente/índex. Acesso em 27.05.2010.

Projeto ECA

Projeto Estatuto da Criança e do Adolescente

Tema: O direito à liberdade, ao respeito e à dignidade.

Justificativa: O projeto pretende expor aos alunos os direitos da criança e do adolescente propondo uma análise sobre os artigos que compõe o ECA e possibilitando a discussão sobre a aplicação das leis.

Objetivos: Conhecer o ECA, entender os artigos e sua aplicação em nossa vida cotidiana.

Série/Ano: O projeto será destinado ao 5º ano.

Tempo estimado: Aproximadamente 1 mês.

Material necessário: lousa, giz, ECA, jornais, revistas, cartolinas, cola, tesoura, caneta hidrocor, régua, lápis de cor, sulfite.

Desenvolvimento:
1ª Etapa: Serão levantados os conhecimentos prévios dos alunos. Neste momento a professora deverá questionar se os alunos conhecem o ECA e se sabem quem é considerado criança e adolescente pela lei.

2ª Etapa: A professora irá mostrar o ECA e citar suas subdivisões. Após irá expor aos alunos o artigos 15 ao 18, que foram selecionados como tema central do projeto.

3ª Etapa: Será feita uma roda de conversa onde os alunos deverão discutir em quais situações o direito à liberdade, ao respeito e à dignidade são desrespeitados pela sociedade em geral. A professora fará a anotação dessas situações na lousa e solicitará que se reúnam em grupos de até 5 alunos e pesquisem em jornais e revistas recentes notícias que tragam alguma situação de desrespeito aos artigos citados.

4ª Etapa: Os grupos apresentarão suas noticias e explicarão como a lei foi desrespeitada na situação, relacionando com os artigos do ECA. Após a apresentação a professora irá propor a confecção de um gibi para esclarecimento dos direitos selecionados. Este gibi será exposto para a sala por meio da apresentação de um seminário.

Produto final: Desenvolveremos um gibi para que os alunos possam expor o que aprenderam durante a execução do projeto.

Avaliação: A avaliação será continua. Será observada a participação do aluno durante as etapas de desenvolvimento do projeto e a confecção do produto final.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Metodologia do Ensino da Educação Infantil

Plano de Aula

Faixa etária: 4 anos

Disciplina: Artes Visuais

Conteúdo: Exploração e linguagem plástica

Objetivos:
• Explorar e manipular diferentes materiais (pincéis e tinta guache);
• Utilizar diferentes superfícies (azulejos);
• Reconhecer diferentes movimentos gestuais.

Estratégias:
1ª Etapa
A professora irá acompanhar os alunos até o painel de azulejos e irá delimitar o espaço de cada um com o auxilio de durex colorido. Após irá identificar cada espaço com o nome do aluno.

2ª Etapa
Os alunos terão a disposição diversos tipos de pincéis e várias cores de tinta guache. A escolha dos materiais ficará a critério dos próprios alunos. A professora irá estimular os alunos a basearem suas criações a partir do conhecimento que os mesmos já possuem (desenho livre).

Recursos didáticos:
Tinta guache de diversas cores
Pincéis de diversos tamanhos e texturas
Papel sulfite com os nomes das crianças impressos
Durex

Avaliação:
A avaliação se dará através da observação da interação das crianças com os materiais e como elas se expressam através deles.

quinta-feira, 1 de abril de 2010


Desejo à todos os amigos, familiares e visitantes uma feliz páscoa!

Plano de Aula - Os sistemas do corpo humano (Visita à Estação Ciência)


Série/Ano: 5º Ano
Disciplina: Ciências
Conteúdo: Os Sistemas do Corpo Humano (sistema muscular, sistema circulatório, sistema nervoso, sistema urinário e sistema digestório).
Objetivos:
• Conhecer os diferentes sistemas do corpo humano e os órgãos que compõem cada um.
• Compreender como os diferentes sistemas se relacionam e como contribuem para a integração de informações no corpo humano.
Estratégias:
1ª Etapa
Uma aula antes do passeio a professora solicitará que os alunos exponham seus conhecimentos prévios a respeito dos sistemas.

2ª Etapa
Durante a visita os alunos serão estimulados a responder as seguintes perguntas: Quais os órgãos que compõem este sistema? Onde ele se localiza no corpo humano? Quais as suas principais funções? Qual a relação entre os sistemas encontrados?

3ª Etapa
Ao retornar para a sala os alunos serão divididos em grupos de aproximadamente 6 alunos para que seja montado um seminário sobre os diferentes sistemas. Os temas serão: sistema muscular, sistema circulatório, sistema nervoso, sistema urinário e sistema digestório. O grupo poderá utilizar os registros realizados na visita e pesquisas feitas pela internet e livro didático. Cada grupo deverá apresentar em 15 minutos os órgãos que compõem o sistema, onde se localiza no corpo humano, as principais funções e como se relaciona com os demais sistemas. O seminário poderá ser realizado através da exposição de cartazes, arquivos de Power Point e transparências. Para a professora deverá ser entregue um trabalho escrito que contenham todas as informações que serão apresentadas.

4ª Etapa
Apresentação dos seminários e fechamento do conteúdo através da explanação da professora.

Recursos didáticos:
Cartolina
Canetinhas
Régua
Lápis de cor
Cola
Tesoura
Fita crepe
Computador
Data show
Tela branca
Retroprojetor

Avaliação:
Serão avaliados o material escrito, a elaboração dos materiais de apoio do seminário e os conhecimentos expostos pelos alunos à sala através dos seminários.

Plano de Aula - Espaço e Forma: Tangram

Série/ano: 2ª série/3º ano

Tempo estimado: 2 aulas

Disciplina: Matemática

Conteúdo: Espaço e Forma - Tangram

Objetivos:

  • Conhecer a origem do Tangram
  • Explorar as características físicas das peças
  • Compor e decompor figuras usando o Tangram

Estratégias:

1ª Etapa: A professora irá expor aos alunos um Tangram. Neste momento ela levantará os conhecimentos prévios dos alunos através de perguntas, como: Quem conhece este jogo? Como se joga? Quem inventou o Tangram? Quantas peças possuem o jogo? As peças parecem quais formas geométricas?

2ª Etapa: Nesta etapa os alunos serão convidados a confeccionarem seus próprios jogos. A professora entregará o molde já desenhado em papel sulfite. Os alunos deverão colar o molde na cartolina branca deixando a parte pontilhada para cima, após poderão pintar e recortar a peças.

3ª Etapa: Após a confecção do jogo a professora contará um pouco da história do Tangram e mostrará as peças que o compõe, explorando, agora, as características, diferenças e semelhanças das peças (triângulo, quadrado, paralelogramo).

4º Etapa: Os alunos agora serão divididos em pequenos grupos de 4 alunos e serão desafiados a formarem um retângulo e um quadrado de três maneiras diferentes e após desenharem as soluções. Lembrando que todas as peças devem ser utilizadas.

5ª Etapa: A professora mostrará algumas silhuetas de desenhos criados com as peças do Tangram e pedirá para que as crianças criem um desenho, utilizando ou não os modelos expostos.

Material necessário:

Cartolina branca

Tesoura

Sulfite com molde do Tangram

Lápis de cor

Cola

Avaliação:

O professor deverá avaliar através da observação se os objetivos da atividade foram atingidos e os resultados expostos pelos grupos.

Fonte: http://www.discoverykidsbrasil.com/atividades/recortaremontar/tangram/. Acesso em: 30.03.2010.

Plano de Aula - Construção do número pela criança


Faixa etária: 4 e 5 anos

Disciplina: Grandezas e Medidas

Conteúdo:

  • Utilização dos números em diferentes contextos
  • Início da medição social do tempo
  • Localização. Leitura, interpretação de informação matemática em calendários.

Objetivos:

  • Ampliar e sistematizar as experiências vividas habitualmente com o uso de calendários.
  • Utilizar o calendário como fonte de informação e pesquisa para a leitura e registro de números.
  • Explorar as diferentes funções do calendário.

Estratégias:

Primeira etapa: Apresentação do calendário e localização da data.

Leve um calendário tipo folhinha para a roda do grupo. Pergunte quem tem um calendário parecido com esse em casa e como é utilizado. Explique que poderão consultá-lo em diferentes momentos: para colocar a data em alguma tarefa, para saber a dia do aniversário dos colegas, do passeio que a turma realizará ou ainda quando precisarem escrever algum número que não conheça.
Diariamente, uma das crianças (o ajudante do dia) será a responsável em localizar a data no calendário e escrevê-la na lousa para que seus colegas possam anotá-la em seus trabalhos. Inicialmente, é provável que você precise ajudar as crianças nessa tarefa, porém, é importante que progressivamente passem a realizar essa tarefa sozinha, ganhando autonomia.

Segunda etapa: Marcar datas importantes para o grupo (aniversários).

Leve o calendário para o centro da roda e ajude as crianças a marcarem a data de aniversário de cada uma. É possível que as crianças ainda não saibam as datas de seus aniversários, portanto, é importante que você consulte previamente as ficha de matricula de cada criança ou pergunte aos os pais ou responsáveis o dia do aniversário de seu filho.
Posteriormente, monte um quadro de aniversariantes da sua classe: coloque o nome, a data do aniversário e a idade de cada um.

Com o quadro pronto você pode propor questões como: quantas crianças fazem aniversário no mês de março? Qual o mês que tem a maior quantidade de crianças fazendo aniversário?

Esta atividade ainda poderá ser realizada para marcar e organizar as atividades e acontecimentos da rotina escolar (passeios, feriados, eventos realizados pela escola, etc.).

Material necessário:

  • Calendários de diversos tipos.
  • Papel Kraft
  • Canetinhas coloridas
  • Régua

Avaliação: O professor irá avaliar os alunos através da observação e do registro realizado no decorrer das atividades.

Fonte de pesquisa: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/cada-dia-sempre-novo-dia-428181.shtml. Acesso em: 04/03/2010.

sábado, 27 de março de 2010

Alfabetização: com ou sem receita?

Receita de alfabetização

Ingredientes:
1 criança de 6 anos
1 uniforme escolar
1 sala de aula decorada
1 cartilha

Preparo:

Pegue a criança de 6 anos, limpe bem, lave e enxágüe com cuidado. Enfie a criança dentro do uniforme e coloque-a sentadinha na sala de aula (decorada com motivos infantis). Nas oito primeiras semanas, sirva como alimentação exercícios de prontidão. Na nona semana ponha a cartilha nas mãos da criança.
Atenção: tome cuidado para que ela não se contamine com o contato de livros, jornais, revistas e outros materiais impressos.
Abra bem a boca da criança e faça com que engula as vogais. Depois de digeridas as vogais, mande-a mastigar uma a uma as palavras da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada no mínimo sessenta vezes. Se houver dificuldade para engolir, separe as palavras em pedacinhos.
Mantenha a criança em banho-maria durante quatro meses, fazendo exercícios de cópia. Em seguida, faça com que a criança engula algumas frases inteiras. Mexa com cuidado para não embolar.
Ao fim do oitavo mês, espete a criança com um palito, ou melhor, aplique uma prova de leitura e verifique se ela devolve pelo menos 70% das palavras e frases engolidas.
Se isso acontecer: Considere a criança alfabetizada. Enrole-a num bonito papel de presente e despache-a para a série seguinte.
Se isso não acontecer: Se a criança não devolver o que lhe foi dado para engolir, recomece a receita desde o início, isto é, volte aos exercícios de prontidão. Repita a receita quantas vezes for necessário. Se não der resultado, ao fim de três anos enrole a criança em um papel pardo coloque um rótulo: “aluno renitente”

Alfabetização sem receita

Pegue uma criança de seis anos ou mais, no estado em que estiver, suja ou limpa, e coloque-a numa sala de aula onde existam muitas coisas escritas para olhar, manusear e examinar.
Sirva jornais velhos, revistas, embalagens, anúncios publicitários, latas de óleo vazias, caixas de sabão, sacolas de supermercado, enfim tudo o que estiver entulhando os armários de sua casa ou escola e que tenha coisas escritas.
Convide a criança para brincar e ler, adivinhando o que está escrito. Você vai descobrir que ela sabe muita coisa!
Converse com a criança, troque idéias sobre quem são vocês e as coisas de que gostam ou não. Depois escreva no quadro algumas coisas que foram ditas e leia para ela.
Peça à criança que olhe as coisas escritas que existem por aí, nas ruas, nas lojas, na televisão. Escreva algumas dessas coisas no quadro.
Deixe a criança cortar letras, palavras e frases dos jornais velhos. Não esqueça de pedir para que ela limpe a sala depois, explicando que assim a escola fica limpa.
Todos os dias leia em voz alta alguma coisa interessante: historinhas, poesia, notícia de jornal, anedota, letra de música, adivinhação, convite, mostre numa nota fiscal algo que você comprou, procure um nome na lista telefônica. Mostre também algumas coisas escritas que talvez a criança não conheça: dicionário, telegrama, carta, livro de receitas.
Desafie a criança a pensar sobre a escrita e pense você também. Quando a criança estiver tentando escrever, deixe-a perguntar ou ajudar o colega. Aceite a escrita da criança. Não se apavore se a criança estiver “comendo” letras. Até hoje, não houve caso de “indigestão alfabética”.
Invente sua própria cartilha, selecione palavras e textos interessantes e que tenham que ver com a realidade da criança. Use a capacidade de observação, sua experiência e sua imaginação para ensinar a ler. Leia e estude sempre e muito.

(Adaptado de: CARVALHO, Marilene. Alfabetização sem receita e receita sem alfabetização. Centro de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação, Ano IV, jan/fev.1994)

Visita a Estação Ciências dia 20.03.2010

sexta-feira, 26 de março de 2010

Um olhar sobre a problemática da qualidade na educação

Acredito que a questão de um ensino de qualidade deve ser discutida em conjunto entre família e escola, para que juntos possam pensar soluções para serem apresentadas aos nossos representantes.
Porém, bem sabemos, que infelizmente o diálogo entre família e escola não é muito frutífero, partindo do pressuposto que algumas famílias tem a escola como um depósito de crianças, onde a qualidade não é levada em consideração.
A família nos moldes atuais, vem se esquecendo de suas obrigações. Muitos valores foram esquecidos e criou-se a cultura de que o professor tem que "educar" sozinho as crianças. Cada vez mais as famílias vem se afastando de seu papel primordial.
A escola, vista aqui por meio da figura do professor, por sua vez se vê de mãos atadas, pois tem o árduo papel de educar, socializar, imputar valores e moral e tudo isso em meio a um ambiente contraditório. Lembrando que este seria o papel ideal exercido pelo professor, mas sabemos que não reflete a realidade. Os professores estão cada vez mais desmotivados, sendo ridicularizados pela mídia e castrados de sua autoridade. Vendo-se obrigados a ceder frente a planejamentos prontos e ineficientes, privados de sua autonomia.
Ao Estado resta veicular suas propagandas eleitoreiras que não refletem a realidade, mostrando escolas bem estruturadas, ambientes ideais de aprendizagem, materiais de primeira linha, professores altamente preparados e resultados de avaliações que demonstram como a educação básica pública é boa. É claro que após tanto esforço em mascarar a realidade, não sobra tempo de pensar em políticas públicas eficazes, que atendam a necessidade de uma educação de qualidade garantida a todos. Afinal, sabemos que o Estado não tem muito interesse em criar cidadãos críticos e reflexivos, não é mesmo?

Miriã Pissamiglio Marques

quinta-feira, 11 de março de 2010

Mamãe escriba

Atividade realizada com minha filha Marcela de 5 anos baseada no livro A Menina e o Dragão de Eva Furnari.

Era uma vez uma menina sentada, daí ela ouviu o dragão que tremia até o chão. Ela foi espantar o dragão para ele sair do lugar onde ela estava. Só que ele pegou os paus e fez uma jaula para ela ficar presa, sem comer e beber. O dragão foi embora.
A menina ficou presa até que um menino veio ajudá-la. Ele era triste, estava sem comer e vivia nas montanhas. Ele falou:
Menina por que você está presa? Você deveria estar livre. Eu sei quem fez isso com você, foi o dragão, ele já fez isso comigo. O dragão comeu as madeiras e quase me engoliu junto.
O menino tirou as madeiras para ela sair de lá. Ele fez uma fogueira e depois desmanchou toda a jaula.
Daí eles viveram felizes para sempre.

Autora: Marcela Pissamiglio Marques

Direito à Infância e Educação

No decorrer da história nos deparamos com várias concepções de infância, na Idade Média a criança era vista como um adulto em miniatura, até o século XVII não se dava muita atenção as crianças devido ao alto índice de mortalidade infantil. A partir do século XVIII com as reformas religiosas a infância passa a ser vista com outros olhos e passa a se dar importância a educação, a higiene e a saúde. Tais variações ocorreram devido a questões sociais, culturais e econômicas.
Neste contexto nos deparamos hoje com uma infância sem limites, extremamente consumista, com crianças privadas do brincar, da ingenuidade, que vivenciam a violência cada vez mais se cedo, até dentro de suas próprias casas e mais suscetíveis a doenças, antes consideradas de adultos.

Para garantir a crianças e adolescentes os direitos antes citados pela Constituição Federal de 1988 ("dever da família, da sociedade e do Estado assegurar, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária"), criou-se o Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990.
O Estatuto criou mecanismos de proteção nas áreas de educação, saúde, trabalho e assistência social. Ficou estabelecido o fim da aplicação de punições para adolescentes, tratados com medidas de proteção em caso de desvio de conduta e com medidas socioeducativas em caso de cometimento de atos infracionais.
O ECA transformou crianças e adolescentes em sujeitos de direitos situados historicamente e que precisam ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais e sociais supridas, caracterizando um atendimento integral e integrado da criança.
Hoje, após 20 anos da criação do ECA, infelizmente podemos dizer que sua aplicação não é eficaz, faltam políticas públicas adequadas, principalmente no que se refere a medidas socioeducativas e estrutura nos Conselhos Tutelares.
Tal situação me faz recordar do filme Pixote – A lei do mais fraco, do diretor Hector Babenco. Mesmo tendo sido lançado em 1981 seu enredo é mais atual do que nunca, o filme conta a trajetória de um garoto de 11 anos que é abandonado por seus pais e passa a viver na rua. Ele passa por diversos reformatórios e por fim se torna um traficante de drogas, cafetão e assassino. Deixo uma pergunta no ar: Mesmo com tantos dispositivos legais de proteção à criança, quantos pixotes não estarão em formação hoje em nossa sociedade?

quarta-feira, 3 de março de 2010

Qualquer semelhança não é mera coincidência!



Vídeo exibido na aula de Direito à Infância e Educação dia 01.03 - Profº Thiago Lauriti

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Para refletir

"Ninguém começa a ser educador numa certa terça-feira às quatro horas da tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática."

(Paulo Freire em A Educação na Cidade)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Receita para uma aula saborosa...

Primeiramente precisamos dos seguintes ingredientes:

100 gramas de coco ralado
400 gramas de leite em pó
1 garrafa de leite de coco pequena
50 gramas de açúcar
Recipiente para misturar
Colher/Abridor/Tesoura/Forminhas

Agora fazeremos o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o que é uma receita, qual a estrutura básica para escrevermos uma receita etc...

Vamos por a mão na massa? Chegou a hora...um jeito muito interessante de fazer a receita é através de mímica...primeiro a professora faz a receita com mímicas...os alunos prestam atenção...e após será a vez deles, em grupo, colocarem a mão na massa.

O que aprendemos com essa atividade?
  • como trabalhar em grupo
  • a importância de todos integrantes se envolverem para obter o produto final
  • ter atenção visual
  • seguir a ordem cronológica
  • a língua não verbal também comunica (mímica)
  • cidadania: dividir
  • gênero literário: receita
  • quantidades e medidas
  • vocabulário/concordância (2 colheres/o grama=quantidade).
Produção: Escrever a receita que acabamos de realizar.

Não foi fácil? Com boa vontade e um pouco de criatividade criamos uma aula inesquecível.

Essa com certeza foi a melhor aula de todas...Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa...Profª Elisabeth.

Adorei!!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Foi assim que tudo começou...um pouco da minha história.


Como tudo começou? É fácil de lembrar...parece que foi ontem. Em 2007 me inscrevi no Enem, sem muitas expectativas, pois já havia concluído o Ensino Médio em 2001. Me julgava despreparada para a prova, mas tinha muita vontade de atingir uma boa média. Para minha surpresa, fui bem...muito bem...e consegui me inscrever no PROUNI. Preenchi as 5 opções da seguinte forma: 1ª opção adm, 2ª opção adm, 3ª opção adm, 4ª opção adm e por último, na minha 5ª opção Pedagogia. Qual foi o resultado??? Fui selecionada para minha última opção...destino? Só pode ser...
Em 2008 iniciei o curso...não era bem isso que eu queria, mas...
Me lembro das clássicas apresentações de início de semestre quando os professores perguntavam: Pq vc escolheu Pedagogia?? Oh, meu Deus, o que responder? Não escolhi...fui escolhida...foi minha última opção...é meu destino...kkk!! Me senti constrangida por 3 semestres ao responder esta pergunta...pq eu estava lá? Me perguntava se realmente estava lá só pq havia ganho a bolsa. Mas tudo mudou...com o tempo aprendi a amar esta profissão...e está decidido é o que eu quero!! Quando mudou? Semestre passado quando fiz meu estágio obrigatório em Educação Infantil. Descobri ao decorrer das 100 horas obrigatórias que era isso que eu queria, nasci pra isso. Bastaram algumas horas com o 2º Estágio A e com a querida Profª Rita para que eu me apaixonasse pela Educação Infantil. Obrigada criançada...Obrigada Rita...E assim cheguei ao 5º semestre, com muita vontade de aprender e mais motivada do que nunca.